AO SERVIÇO DAS ARTES PLÁSTICAS PARA DIVULGAÇÃO DA VIDA E OBRA DOS AUTORES E DE EVENTOS * GALERIA VIEIRA PORTUENSE * Largo dos Lóios, 50 4050-338 PORTO * (00351)222005156 * info@galeriavieiraportuense.com * www.galeriavieiraportuense.com

sábado, 29 de agosto de 2009

FRANCISCA BLÁZQUEZ, LUIS BERRUTI, S. MORILLO E TORRES IÑIGO EXPÕEM EM VILLAVIEJA DEL LOZOYA (MADRID)


LEDA E O CISNE DE VIEIRA PORTUENSE


OUTRAS OBRAS DE VIEIRA PORTUENSE

A PINTURA

RETRATO DE DESCONHECIDO

CABEÇA DE HOLOFERNES




CENA CAMPESTRE


FRANCISCO VIEIRA PORTUENSE



Vieira (Francisco).
n: 13 de Maio de 1765.f: 2 de Maio de 1805.

Pintor histórico e de paisagem, lente de desenho na Academia do Porto. Era cognominado Vieira Portuense, por ter nascido nessa cidade, e para se diferençar doutro seu afamado contemporâneo, conhecido pelo nome de Vieira Lusitano, por ter nascido em Lisboa. N. portanto, no Porto a 13 da Maio de 1765, fal. na ilha da Madeira a 2 de Maio de 1805. Era filho de Domingos Francisco Vieira e de Maria Joaquina.
Seu pai reunia à profissão da arte da pintura, em que dizem não era dos de menos conta, segundo a frase tradicional. Começando desde criança a dar mostras da grande vocação para o desenho e para a pintura, o pai logo que o viu instruído nas primeiras letras e tendo-o provavelmente iniciado nos rudimentos da arte, entregou-o à direcção de João Grama, celebre pintor, que se supõe de origem alemã, mas nascido em Portugal. Este artista foi quem primeiro guiou o jovem Vieira no estudo da pintura. Mais tarde, achando-se no Porto com outro notável pintor que primava no género das paisagens, João Pilenan ou Pillement, de nação francesa, recebeu também algumas lições o moço Vieira. Este, porém, não se contentando com a instrução já adquirida e desejando aprofundá-la, resolveu em vez da frequentar a aula publica de desenho, que por essa tempo existia no Porto, vir para Lisboa em 1784 matricular-se na outra aula da mesma espécie, que pouco antes fora estabelecida pala rainha D. Maria I, e da que era director e professor Joaquim Manuel da Rocha. Esta escola de desenho de figura e história funcionava com outra de arquitectura civil, num pavimento baixo do convento dos Caetanos, onde está há muitos anos instalado o Conservatório. Provavelmente a ideia do moço estudante era obter lugar entre os alunos que por concessão do governo e como pensionistas do Estado deviam partir para Roma, mas ou porque lhe faltassem padrinhos ou porque já estivesse preenchida o numero dos escolhidos, Vieira não realizou como desejava aquele seu projecto. O que não pôde alcançar em Lisboa, conseguiu-o porém, no Porto, e a junta da direcção da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, tomando-o sob a sua protecção, mandou-lhe abonar, do seu cofre, a pensão anual de 300$000 reis para lhe ser paga durante o tempo que precisasse demorar-se em Roma até à conclusão dos seus estudos.
Em 1789 partiu para a Itália, e ao chegar àquela cidade, tratou de escolher mestre capaz de o guiar na carreira a que se destinava, e preferindo Domingos Corvi, desenhador de grande correcção mas de feio colorido, de cujas lições tirou grande proveito, e logo em 1791 obteve na academia romana um primeiro prémio em roupas. Para aumentar mais os seus conhecimentos artísticos, percorreu as principais cidades da Itália, visitando os seus mais notáveis edifícios e galerias, copiando para exercício as obras que mais entusiasmo lhe causavam, e deste modo formou uma grande quantidade de livros que trouxe consigo quando recolheu a Portugal, e que eram evidentes provas do seu estudo e da sua aplicação. Tinha ele adoptado de preferência, por mais conforme ao seu gosto, a maneira e estilo mimoso e delicado de Albano e de Guido Reni, mas querendo estudar também o colorido de Corregio, dirigiu-se a Parma para copiar o magnifico quadro de S. Jeronymo que existe na galeria publica da referida cidade, e que é considerado uma das melhores produções do exímio chefe da escola lombarda. A cópia feita por Vieira é qualificada de excelente, mereceu os melhores elogios de Taborda e do conde de Raczynski. Depois de ter estado em casa do visconde de Balsemão, passou para a galeria dos duques de Palmela, de que faz parte há muitos anos. Durante a sua permanência em Parma, recebeu dos membros da academia grandes provas de consideração pelo seu talento. Foi ali recebido pelas famílias da alta aristocracia, chegando a dar lições de desenho à filha do grão-duque, para quem naturalmente o jovem pintor português não foi indiferente, e tanto mais que chegou a retratá-la, e tão perfeito ficou o retrato, que lhe deu fama entre a primeira sociedade de Parma. Fez mais retratos, pelos quais auferiu bons proventos. Voltando a Roma em 1791, demorou-se ali tres anos ocupado sempre no estudo dos grandes mestres. Em 1797 saiu de Roma, e na companhia de Bartolomeu António Calixto, pensionista na Casa Pia, que também ali fora aperfeiçoar-se, percorreram juntos parte da Alemanha, até que Calixto veio para Lisboa, e Vieira ficou em Dresda, fazendo estudos na notável galeria de pintura daquela cidade, da qual copiou os objectos que mais lhe prenderam a atenção. Passou a Hamburgo e depois a Londres, onde se demorou até ao ano de 1801. Travou conhecimento nesta grande cidade com o insigne gravador Bartholozzi, tomando dele algumas lições de gravura; essas relações tornaram-se de íntima amizade, casando mais tarde com uma viúva italiana, moça e rica, que dizem pertencer à família de Bartholozzi. Fez o retrato deste artista, e começou então a gravar a água-forte um grande trabalho, que por embaraços posteriores não chegou a concluir. Em Londres pintou o Viriato, quadro de notável execução, que ofereceu ao príncipe regente D. João, mais tarde el-rei D. João VI, e foi colocado na galeria do palácio da Ajuda. Desse quadro abriu Bartholozzi uma bela estampa, assim como outras de diversas composições do artista português. Para obsequiar o ministro de Portugal naquela corte, D. João de Almeida MeIo e Castro, depois conde das Galveias, a quem já conhecera em Roma, e lhe devera muitos favores, compôs também um primoroso quadro Nossa Senhora da Piedade ou do Descimento da Cruz, o qual era destinado à capela da embaixada portuguesa em Londres, mas depois foi colocado no oratório do paço das Necessidades. Ou nos últimos tempos da sua estada em Londres ou logo que regressou à pátria, foi Francisco Vieira, por proposta da Companhia das Vinhas do Alto Douro, provido no lugar de lente na aula de desenho no Porto, vago por ter sido dispensado desse exercício o professor António Fernandes Jacome. tendo a nomeação a data de 20 de Setembro de 1800, mas parece, que se chegou a tomar posse da cadeira, pouco tempo se demorou na sua regência, porque vem para Lisboa no princípio de 1801.
Nessa época D. Rodrigo de Sonsa Coutinho, depois conde de Linhares, sendo transferido da pasta da marinha para a da fazenda e nomeado inspector da regia oficina tipográfica, ampliou este estabelecimento, que recebeu então o nome de Imprensa Regia, e por decreto de 7 de Dezembro do mesmo ano e pensou em fazer nela uma edição magnifica e luxuosa dos Lusíadas, ilustrada com estampas representativas dos passes mais notáveis do poema. Esse pensamento não chegou a realizar-se por circunstâncias imprevistas; entretanto, Francisco Vieira foi encarregado de fazer as composições, motivo porque veio a Lisboa onde se encontrou com Bartholozzi, que devia de executar as gravuras. Francisco Vieira chegou a fazer 11 quadros ou esboços a óleo, de passes dos Lusíadas, que não chegaram a ser gravados, mas que foram adquiridos pelo duque de Palmela, passando a fazer parte da soberba galeria de pintura desta nobre casa. Estando o insigne artista em Lisboa em 1802, na ocasião em que tudo se preparava para solenizar com grandes festas a paz geral de Amiens, que fora assinada em 27 de Março daquele ano, o senado da câmara lhe encomendou um quadro alegórico para a sumptuosa festividade que devia realizar-se na igreja de S. Domingos. Nesse quadro que Vieira executou com grande rapidez e que foi muito aplaudido, estava no centro a monarquia lusitana representada na figura duma gentil matrona com atributos adequados, tendo pendente sobre o peito o retrato do príncipe regente e servindo-lhe de cortejo outras figuras que representavam as virtudes e as artes igualmente caracterizados. Os ministros D. João de Almeida e visconde de Anadia, apreciando igualmente o mérito de Vieira, falaram a seu respeite ao príncipe regente, que a 28 de Junho de 1802 assinou um decreto nomeando o artista primeiro pintor da real câmara com a pensão anual de 2.000$000 reis, permitindo-se lhe a acumulação deste com o emprego de lente da aula do Porto, e sendo-lhe cometida a obrigação de dirigir e executar juntamente com o seu colega Domingos António de Sequeira, a quem ficava em tudo e para tudo equiparado, as obras de pintura que se haviam de fazer no paço da Ajuda. Para se mostrar digno do alto conceito em que era tido e das mercês que lhe conferiam, compôs e em breve concluiu para a galeria real dois formosos quadros que por si sós bastariam para dar ao autor a reputação de abalizado pintor, e que representam, um o Desembarque de Vasco da Gama na índia, e outro D. Ignez de Castro ajoelhada com os filhos perante o rei D. Affonso. Estes quadros foram depois levados com outras pinturas para e Rio de Janeiro, e dizem que ultimamente existiam numa sala do palácio de S. Cristóvão no chamado torreão de prata. Pelo mesmo tempo pintou ainda para o conde de Anadia um magnífico quadro, D. Filippa de Vilhena, que juntamente com outras produções de Vieira se admiraram naquela ilustre casa.
Demorando-se em Lisboa para atender a estes e outros trabalhos, não podia exercer o magistério no Porto, e por isso a regência da cadeira foi dada a seu pai Domingos Vieira, que desempenhou essas funções desde 1 de Novembro de 1802 até 30 de Junho de 1803, em que se reformaram os estudos na cidade do Porto, ceando-se a Academia de Marinha e Comercio e incorporando-se nela a antiga aula de desenho, que passou a denominar-se Academia de Desenho e Pintura. A aula foi solenemente inaugurada por Vieira, em cujo acto pronunciou o seguinte discurso, que em 1803 se publicou em Lisboa: Discurso feito na abertura da Academia de desenho e pintura na cidade do Porto, por Francisco Vieira Junior, lente da mesma academia. No resto desse ano e por todo o seguinte de 1804, foi, segundo parece, efectivo na regência da cadeira, dividindo porém o tempo entre os cuidados do ensino e a execução das obras de arte, a que por obrigação do serviço ou por encomendas particulares tinha de satisfazer, e ocupava-se na composição dum quadro em que representava Duarte Pacheco, Achilles Lusitano, defendendo contra o Comorim o Passo de Cambaldo destinado a ornar a casa das Descobertas no palácio de Mafra, quando foi acometido da grave enfermidade, que em breve o prostrou no tumulo. Esgotados todos os recursos da ciência para debelar aquele mal, os médicos lhe aconselharam o clima da Madeira, e obtendo para isso a necessária licença por aviso do 1º de Abril de 1805, empreendeu a viagem, mas em lugar das melhoras que esperava, piorou repentinamente, vindo a falecer pouco tempo depois.
Além dos quadros já citados, mencionaremos os seguintes: S. Sebastião, que se conservava na galeria do marquês de Borba; uma Saloia, de capa e lenço na cabeça, que pertencia à casa dós condes de Anadia; o esboceto a óleo do quadro Viriato que pertenceu a Silva Oeirense; e O Amor, que estava na casa dos condes de Anadia, e que Bartholozzi reproduziu pela gravura, e mais duas paisagens que pertenceram a António Ribeiro Neves e Joaquim Pedro Celestino Soares. Na capela da ordem terceira de S. Francisco do Porto há 4 quadros representando: Santa Margarida; Nossa Senhora da Conceição, Santa Isabel e S. Luís, rei de França. No museu do Porto também de Vieira um Christo crucificado, um S. João, a Adoração do Santissimo, e duas belas paisagens, das quais uma representa Uma mulher com um menino, que parece defender do ataque dalguns malfeitores. Francisco Vieira falava com facilidade as principais línguas da Europa, e conhecia perfeitamente a historia das belas artes. Em 1906 comemorou-se no Porto o centenário de Francisco Vieira, fazendo-se uma exposição das suas obras no salão nobre do teatro de S. João, a qual se inaugurou no dia 17 de Junho. Foi a Sociedade das Belas Artes que tomou a iniciativa desta comemoração, e conseguiu reunir para o seu intento uma boa porção de quadros, desenhos, esboços e gravuras de Vieira Portuense. Nesta exposição figuraram também algumas gravuras notáveis de Bartolozi de desenhos de Vieira.

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume VII, págs. 456-458

UMA OUTRA "SÚPLICA" DA MESMA INÊS DE CASTRO


O mesmo tema da súplica de Inês de Castro a D. Afonso IV está em Versailles e é da autoria de Eugénie Servières

"D. Filipa de Vilhena armando os filhos cavaleiros"




"D. Filipa de Vilhena armando os filhos cavaleiros", é outra das obras que Francisco Vieira Portuense realizou em Londres em 1801

VIEIRA PORTUENSE NO MUSEU SOARES DOS REIS


Francisco Vieira, o Portuense (1765-1805)
Óleo sobre tela
126 x 102 cm
Fuga de Margarida de Anjou é outra obra que se encontra no Museu Soares dos Reis.
Pintada em Londres durante o período em que ali permaneceu o pintor, foi apresentada em 1798 na exposição da Royal Academy of Arts. No respectivo catálogo é apresentada com o título Queen Margaret and the Robber (A Rainha Margarida e o Ladrão). Este episódio que o pintor representa reporta-se à História de Inglaterra de David Hume e à “Guerra das Duas Rosas”: Margarida de Anjou (1429-1482), rainha de Inglaterra por casamento com Henrique VI de Lencastre, luta pelo trono para seu filho Eduardo, Príncipe de Gales. O episódio escolhido pelo pintor, o aparecimento do ladrão à rainha Margarida quando esta fugia com o filho para a Escócia, é talvez o momento mais emotivo de todo o enredo e, como tal, terá servido os intentos do pintor de conceber uma composição cuja estrutura e cromatismo evidenciassem todo o dramatismo da cena.

"Súplica de Inês de Castro", de Francisco Vieira Portuense

"Súplica" no Soares dos Reis

ISABEL PEIXOTO

Obra de Vieira Portuense, pintor natural da Invicta, pode ser vista na cidade até ao final de Novembro.

Até ao fim de Novembro, o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, mostra ao público a obra de Vieira Portuense "Súplica de Inês de Castro". O quadro foi apresentado ontem, durante a visita do ministro da Cultura ao distrito.
Executada em 1803, dois anos antes da morte do seu autor, a tela "Súplica de Inês de Castro" é um dos exemplos da tradição da pintura de História. Segundo Paulo Henriques, director do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), trata-se de um "quadro cheio de anacronismos", cruzando pormenores da época com alguns erros, como o vestido de D. Inês ou a moldura da imagem que representa o rei a cavalo.
Referências deixadas ontem, numa breve cerimónia em que o ministro da Cultura também marcou presença. Pinto Ribeiro aproveitou a ocasião para lembrar que os museus devem "ter pretextos e contar histórias" e manifestou o desejo de que o Museu Nacional Soares dos Reis "se abra e seja eficaz a contaminar as pessoas", para que elas possam aceder ao mundo das artes, um "mundo muitas vezes cifrado".
O titular da pasta da Cultura lembrou o processo que levou à aquisição do quadro pela Fundação Caixa Geral de Depósitos e posterior depósito no MNAA, com a ressalva de que fosse exibido também no museu portuense. Depois de ter sido levada para o Brasil em finais de 1807, aquando da transferência da corte portuguesa, a obra só viria a aparecer em França, no ano passado, altura em que foi comprada por um mecenas anónimo, pelo valor de 210 mil euros.
"Súplica de Inês de Castro" está em exposição ao lado de uma outra pintura de Vieira Portuense, "Fuga de Margarida de Anjou", esta executada em Londres e apresentada em 1798 na Royal Academy of Arts. Além de representar o mítico episódio em que D. Inês pede clemência, por si e pelos seus filhos, ao rei D. Afonso IV, o quadro é a última obra remanescente do artista, nascido no Porto em 1765 e falecido no Funchal a poucos dias de completar 40 anos.
Maria João Vasconcelos, directora do museu, sublinhou ao JN que a presença da obra no Porto assume um significado especial e a diversos níveis. Por um lado, devido ao "interesse que a peça tem e o facto de ter sido recuperada para o património nacional"; por outro, o facto de ser da autoria de Vieira Portuense. "É uma atitude que não podemos deixar de registar com muito agrado", acrescentou.
Já no final da visita, Pinto Ribeiro fez questão de subir à cerca das traseiras do museu, onde lançou um desafio à directora, no sentido de chamar as famílias da cidade para ali plantarem árvores, ficando responsáveis por elas. A ideia seria abrir o espaço ao fim-de-semana, já a partir de Novembro, contando com a colaboração dos cidadãos na recuperação da cerca, "para que não seja um matagal", disse o ministro. O próprio está na disposição de ali plantar uma cameleira.

FRANCISCO VIEIRA PORTUENSE NO MUSEU SOARES DOS REIS


Não podíamos ficar indiferentes à notícia da vinda ao Museu Soares dos Reis da obra de Vieira Portuense, que perdida por entre os escombros do tempo, reapareceu em Paris, daí tornando à Pátria.
“A pintura Súplica de Inês de Castro, de Vieira Portuense, pertence actualmente à colecção da Fundação Caixa Geral de Depósitos e encontra-se depositada no Museu Nacional de Arte Antiga através de um contrato de comodato celebrado entre aquela instituição e o Ministério da Cultura.
A sua aquisição, num leilão realizado em Paris a 28 de Junho de 2008, deve-se ao interesse do Estado Português em assegurar a salvaguarda da obra para o património português e à generosa iniciativa de um mecenas que garantiu suporte financeiro para a respectiva licitação. Esse mecenas preferiu manter o anonimato.
Persiste ainda por identificar o percurso da pintura desde a sua localização no Brasil, nos meados do século XIX, até ao seu recente reaparecimento em França, onde se achava atribuída a Giuseppe Cades (Roma, 1750-1799). Foi Maria Teresa Caracciolo, autora de uma monografia de referência sobre a obra do pintor italiano e grande conhecedora da pintura portuguesa do período, que identificou a Súplica de Inês de Castro como obra de Vieira Portuense e elaborou a ficha crítica da pintura no catálogo do referido leilão.“ ( J.A.S.C. – MNAA)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O TRAÇO E A COR NA GALERIA VIEIRA PORTUENSE






De 29 de Agosto a 26 de Setembro, as paredes da Galeria Vieira Portuense estão preenchidas por 37 obras de José González Collado.
Este artista plástico fez parte do grupo de intelectuais que, nos começos dos anos sessenta deram impulso ao movimento Luso-Galaico, que rodava à volta da revista "Céltica" fundada e dirigida por Oliveira Guerra.
Já por esses tempos pensou González Collado numa exposição das suas obras na cidade do Porto.
Todavia, a mudança do artista plástico para Madrid e o falecimento de Oliveira Guerra fizeram desfalecer o projecto.
Porém, quando os directores do Espaço Loios convidaram Fernandes Costa para curador daquele espaço de exposições, tomou este a iniciativa de alargar a influência da galeria a todas as regiões ibéricas, por ser esse o espaço natural de intervenção de quem está sediado a cerca de 600 kilómetros da fronteira mais longínqua do país, por um lado, e por outro por serEM interessantes os desafios de trazer ao Porto nomes de artistas plásticos de outras escolas para além das portuguesas.
Prosseguindo tal desiderato, tornou-se incontornável convidar os vários artistas galegos que já passaram pela galeria, entre os quais José Maria González Collado.



Minha lista de blogs

Marcadores

Pesquisar este blog

Seguidores